Motivos e Propósitos do Livro de Colossenses


Epafras fora falar com Paulo, a fim de narrar-lhe as dificuldades da igreja de Colossos, além de descrever seu estado geral, o que incluía certos pontos encorajadores (ver Col. 1:4-8). Sem dúvida, foi ele quem informou o apóstolo sobre a penetração da heresia gnóstica nas fileiras cristãs daquela localida­de. E foi principalmente para responder a esse problema que esta epístola aos Colossenses foi escrita. Naturalmente, a epístola teve o intuito de servir de instrução positiva quanto às crenças e à ética cristãs, não servindo de mera polêmica contra o gnosticismo. Paulo combinou, habilidosamente, esses dois propó­sitos, neste seu escrito. A seção da epístola, composta por seus capítulos terceiro e quarto, que é de natureza essencialmente ética, está inteiramente livre de assuntos polêmicos.
Paulo conhecera Onésimo, o escravo fugido de Filemom, no cárcere; ou então alguém o trouxe à presença do apóstolo. Tendo-o conduzido a Cristo, e em seguida tendo-o conduzido à ideia de que era seu dever retornar a Filemom, Paulo enviou por seu intermédio uma missiva a Filemom, a fim de garantir a aceitação favorável do portador por parte de Filemom. Também aproveitou o ensejo para enviar uma epístola geral à igreja de Colossos (que é a nossa epístola aos Colossenses).
O erro que havia na comunidade cristã de Colossos.
A natureza de tudo quanto estava envolvido nesse erro é deixado em dúvida porque o combate a esse erro está envolvido em linguagem própria dos hereges, o que, para nós é ininteligível pelo menos em parte. Não obstante, é claro que alguma forma antiga de gnosticismo está em foco; e vários de seus elementos não são distinguidos com dificuldade. Ver o artigo sobre o Gnosticismo. Cada área geográfica, sem dúvida alguma, tinha certa mistura de ideias, embora tudo continuasse sendo, de modo geral, conceitos representativos do pensamento gnóstico. A heresia gnóstica assediou a igreja cristã por cerca de cento e cinquenta anos, e oito dos livros do N.T. foram escritos contra a mesma, a saber, esta epístola aos Colossenses, as três epístolas pastorais, as três epístolas joaninas e a epístola de Judas.
Quanto à situação em Colossos e o tipo de gnosticismo que prevalecia ali, podemos distinguir os elementos seguintes:
1.  Grande importância era conferida aos «aeons» ou ordens de seres angelicais (emanações de Deus), com prejuízo para a posição de Cristo. Os gnóstipos não viam o Cristo como a «encarnação» do Logos, mas somente como um dentre muitos «aeons», dotados de alguma missão terrena. Para eles, Cristo era apenas um dos mediadores e salvadores, um pequeno deus, e não, necessariamente, o mais elevado dos «aeons». Rejeitavam qualquer «encarnação» real para os «aeons», como se isso lhes fosse impossível. Muito menos Uso poderia suceder no caso do poderoso «Logos». Assim pensavam eles porque tinham a matéria como o princípio mesmo da maldade; e o corpo físico, como é óbvio, participa da matéria. Portanto, nenhum «aeon» santo poderia, na realida­de tomar carne humana, sem contaminar-se a si mesmo.
2.   Os aeons (poderes angelicais) eram objetos de adoração entre os gnósticos. Cristo, na qualidade de «aeon», era adorado, mas somente em pé de igualdade com muitos outros «aeons». E assim era tremenda­mente diminuída a estatura de Cristo, com a consequente degradação de sua pessoa. Certamente os gnósticos não reconheciam a existência do Deus triúno, o único que, com razão, pode ser adorado pela criatura humana; e nem reconheciam Cristo como o cabeça de toda a criação. (Ver Col. 2:18-19). O universo não era «Cristo-cêntrico», na opinião deles, conforme normalmente se aprende no cristianismo normal. (Ver Col. 1:15-19). Deus trataria indireta­mente com sua criação, através de muitos mediadores e salvadores, e não apenas através de um só. O trecho de I Tim. 2:5 foi escrito em favor do caráter medianeiro e único de Cristo, em contraposição à heresia gnóstica, que propunha grande quantidade de mediadores.
3.   Os gnósticos propunham a ideia de muitos criadores, pois os «aeons», segundo sua doutrina, tinham o poder de criar. Paulo insiste que só há um poder capaz de criar (ver Col. 1:16). Igualmente, o criador é o alvo de sua criação — esta deverá encontrar nele toda a razão de sua existência, não dirigindo sua atenção para alguma quase interminá­vel sucessão de sombrias emanações angelicais. Paulo não nega (e nem afirma) que os anjos possuem poderes de criação. É provável que os tenham. Porém, qualquer poder que porventura possuam, segundo afirma o apóstolo, vem a eles por delegação de Cristo, que é o cabeça de todos os principados, poderes e domínios; de fato, é o criador deles. Ora, se Cristo é o criador desses poderes, é impossível que seja nomeado entre eles, como um de seus iguais.
4.    Os gnósticos, em Colossos, evidentemente tinham incorporado em seu sistema alguns elementos das leis cerimoniais judaicas, assim encorajando as suas tendências para o ascetismo. (Ver Col. 2:16 e ss). Os gnósticos criam que o desígnio do sistema cósmico é destruir toda a matéria, incluindo o corpo físico, visto que a matéria seria o princípio mesmo do mal. Poderíamos cooperar com esse desígnio se abusásse­mos do corpo, o que poderia ser feito através do ascetismo ou da licenciosidade extremados. Os gnósticos de Colossos tinham escolhido o ascetismo como esse meio de abuso, ao passo que, em outras áreas, esse meio era a licenciosidade. E isso se tomou parte oficial do sistema de ética esposado por eles. Os demais sete livros do N.T. que foram escritos contra o gnosticismo, refletem a variedade licenciosa do gnosticismo. (Ver II Tim. 3:6 acerca disso). Os gnósticos tinham a ideia equivocada de que não importa o que fazemos com nossos corpos, pois estes, conforme pensavam, seriam veículos incuráveis do princípio do pecado; igualmente, pensavam que deveriam abusar do corpo, sem que isso em nada prejudicasse à alma, como o ouro que é mergulhado na lama não tem sua natureza modificada.
5.   Os gnósticos se jactavam de uma filosofia superior, que incorporava certa forma de misticismo. O gnosticismo era um misticismo basicamente oriental, apresentado como filosofia. Se por acaso tivesse vencido a luta com o cristianismo, este último teria sido transformado em outra mera religião misteriosa greco-romana O misticismo deles era falso, porquanto não contava com Cristo como seu objeto (ver Col. 2:4,8,18). Outrossim, o misticismo deles não os transformava moralmente, o que sucede, sem dúvida, aos místicos ^verdadeiros. O misticismo deles, portanto, era falso. É seguro dizermos que toda a experiência mística, quando é autêntica, transforma o homem moralmente. Os gnósticos supunham-se «fora» das questões morais, devido às suas visões e êxtases.
6.    Os gnósticos eram falsamente humildes, pois guiavam-se por uma forma de verdadeira auto-exalta- ção, já que o ascetismo deles somente promovia o orgulho espiritual. Precisavam fazer de Jesus Cristo o seu grande exemplo, sem apelarem para seus costumes extremados (ver Col. 2:20-23).
7.    Os gnósticos tinham uma sabedoria e um conhecimento falsos, pelo que negligenciavam a Sabedoria de Deus, o seu mistério, a saber, Cristo (ver Col. 2:8; 1:27 e 2:2). Para eles, a salvação deveria ser obtida através do «conhecimento», e não através da «fé». Julgavam que a fé pertenceria a espíritos menos desenvolvidos, a qual poderia levar somente a uma forma inferior de redenção, ao passo que o tipo de conhecimento que possuíam (mediado através de ritos sagrados, das artes mágicas e de misticismo) os conduziria à completa redenção, a saber, a reabsorção pelo Espírito divino, com a perda da identidade pessoal, em que o ego seria transformado no «super-ego».
8.   Os gnósticos rejeitavam a expiação pelo sangue, pelo que também não viam qualquer valor na morte de Cristo. Criam eles que o «Espírito-Cristo», um dos «aeons», na realidade não se encarnara, porquanto não poderia sofrer e nem morrer. Tomara conta do corpo de Jesus, o homem, quando de seu batismo, tendo-o abandonado por ocasião de sua crucificação. Para eles, a morte de Jesus, quando muito, foi somente a morte de um mártir por uma boa causa. Não poderia ter qualquer valor expiatório. Em contraste com essa opinião, Paulo declara que a expiação de Cristo tem valor cósmico, e não meramente significação terrena (ver Col. 1:20 e ss).
9.  Os gnósticos pensavam que os «aeons» angelicais, considerados em seu conjunto, seriam a plenitude de Deus, isto é, a emanação de sua natureza e dos seus atributos. Cristo, nesse caso, seria apenas um dentre muitos «aeons», podendo participar da natureza e dos atributos de Deus apenas em parte, de modo fragmentário. O pensamento de Paulo, em contraste com isso, é que Cristo encerra a «plenitude» (pleroma) de Deus (ver Col. 2:9).
10.   Os gnósticos supunham que a redenção humana, em seu nível mais elevado, indicava a reabsorção pelo Espírito de Deus, com a perda da identidade pessoal. Bem ao contrário disso, a redenção do homem, em seus estágios mais elevados, indica a participação em toda a plenitude de Deus a «pleroma» total — ver Efé. 3:19 e Col. 2:10, tal como Cristo dela participa, sem qualquer perda de identidade pessoal, do mesmo modo que Jesus Cristo não perdeu sua identidade pessoal ao participar da plenitude de Deus. Isso ensina, portanto, que os homens remidos chegarão a participar da natureza divina (ver II Ped. 1:4); mas isso é declarado contra o pano de fundo da polêmica contra o gnosticismo.
11.    Os gnósticos classificavam os homens em três grupos:
a. Os “hilicos”, ou «terrenos», que só se importariam com a matéria. Esses homens, que seriam a vasta maioria da humanidade, visto estarem totalmente imersos na matéria, não poderiam mesmo escapar dela, o que significa que teriam de perecer com ela, quando da grande conflagração que haverá,
b.   Os «psíquicos», ou «animae». Esse grupo, que incluiria os profetas do A.T., se comporia de homens que «através da fé» (não dó «conhecimento») haveriam de atingir uma redenção inferior,
c. Os «pneumáticos» ou verdadeiramente «espirituais» (que seriam os gnósticos), os quais, mediante o «conhecimento», haveriam de atingir à mais elevada redenção, a saber, a reabsorção pelo Espirito divino. Para os gnósticos, pois, somente alguns poucos seriam passíveis de redenção. O trecho de Col. 1:20 e ss, certamente combate essa noção; e as enfáticas declarações do segundo capítulo da primeira epístola de Timóteo, no sentido que Deus quer que «todos sejam salvos e venham ao pleno conhecimento da verdade» são ataques diretos contra o exclusivismo dos mestres gnósticos.
De modo geral, pois, pode-se dizer que o gnosticismo de Colossos pertencia à variedade ordinária, talvez, com um pouco mais de mistura de judaísmo do que era normal. Também pedira por empréstimo ideias comuns às religiões misteriosas orientais e ao neoplatonismo e o resultado disso era uma horrorosa conglomeração. Foi contra essas crenças sincretistas que Paulo escreveu esta epístola aos Colossenses, pois, como é claro, os gnósticos começavam a fazer adeptos seus na Ásia Menor.
A ausência de qualquer análise direta nesta epístola, acerca das doutrinas combatidas, não nos permite maior exatidão em nossas definições do gnosticismo, se contarmos exclusivamente com o N.T. Há muitas informações sobre as crenças gnósticas em vários livros apocalípticos do N.T., como o evangelho de Tomé e o evangelho de Pedro. Na introdução ao NTI há um artigo dedicado à descrição dos livros apócrifos do N.T. Alguns dos primeiros pais da igreja também descreveram as doutrinas gnósticas; e ainda que algumas de suas descrições estivessem equivoca­das, devido ao calor da controvérsia, ou devido à falta de maior compreensão, há ali muitas informações válidas. Os primeiros pais da igreja, bem como os apóstolos antes deles, reconheciam com razão a ameaça que o gnosticismo representava para a igreja. Diz-se que o apóstolo João negava-se a ir aos banhos públicos de Éfeso quando sabia que Cerinto (um dos primeiros mestres gnósticos), seu oponente, também estava naqueles banhos.
Os mestres gnósticos, evidentemente, aludiam a seu sistema como uma «filosofia», ao passo que o apóstolo Paulo preferia chamá-lo de «vãs sutilezas» (ver Col. 2:8). Evidentemente afirmavam possuir certo apoio nas «tradições», dizendo-se representantes de antigas verdades. Platão alude a certas pessoas que vendiam livros de Orfeu ou Museu, em Atenas, na sua época, as quais, por igual modo, davam continuidade a certas tradições transmitidas da parte dos deuses. (Ver Republica II.364E). No hino homérico a Demétrio, vê-se que muitos pensavam que os ritos eleusianos (originalmente pelebrados em Eleusis, uma cidade que ficava a noroeste de Atenas) tinham sido ordenados pelo próprio Demétrio, preservados por tradições entregues e transmitidas pela família de Eumolpides desde tempos pré-históricos. Por igual modo, as seitas mais recentes gostam de traçar suas origens a algum tempo remoto, sendo possível que os hereges combatidos por Paulo, em Colossos, não agissem de maneira diferente. Suas «tradições» eram meramente de «homens», para o apóstolo dias gentios; não tinham qualquer autoridade divina. (Ver Col. 2:8).
Conforme já se disse, os gnósticos de Colossos não pertenciam à variedade comum de religiosos licenciosos. Parecia antes que pregavam uma doutrina de «desprendimento», o ideal estoico, embora tivessem pervertido tal ideal, levando-o a assumir o caráter negativo do ascetismo extremado. Isso fazia o sistema deles favorecer o cerimonialismo mosaico, as restrições dietéticas, os jejuns e as provisões ritualistas intermináveis. Evidentemente eram vegetarianos e celibatas. Pregavam uma doutrina que ordenava: «Não manusear», «Não provar». A primeira dessas proibições parece ter tido subentendidos sexuais. É quase certo que eles praticavam a circuncisão. Observando essas coisas, percebemos que eles se assemelhavam aos essênios quanto a certos particu­lares. Ver o artigo sobre os Essênios. Alguns estudiosos têm pensado que a heresia combatida em Colossos era apenas uma forma um tanto modificada de crenças essências; mas essa posição não tem atraído atenções sérias em tempos recentes, por ser um substituto pobre da ideia de que Paulo combatia o gnosticismo. As evidências históricas, que são abundantes, favorecem a suposição de que o gnosticismo foi a heresia combatida nesta epístola. O gnosticismo, e não o essenianismo, sem dúvida alguma, foi a doutrina que ameaçou o cristianismo por tantas décadas. (Quanto às práticas «vegetarianas e celibatárias do gnosticismo», com seu ascetismo em geral, ver as notas expositivas sobre Col. 2:16,20,21 no NTI). O trecho de Col. 2:11-13 subentende que eles davam grande valor à circuncisão. Parece que tinham tomado por empréstimo — exagerando-as então — várias provisões das leis cerimoniais mosaicas.
Os gnósticos defendiam a doutrina dos «espíritos elementares» (ver Col. 2:8), as «stoicheia», os «elementos animados da natureza»; pois, para eles concordando com outros povos antigos, a matéria não era reputada «inanimada». Essa ideia pode ser confrontada com o que diziam os hilozoístas jónicos, que pensavam que a matéria é cheia de força vital, provocando todas as mudanças e desenvolvimentos na natureza, resultando no que chamamos de «vida». O termo «stoicheia» (e o que nele fica implícito) foi transferido pelos gnósticos para indicar as «essências espirituais», que seriam as «ordens angelicais». Foi assim que as «stoicheia» dos pagãos se transformaram nos anjos do conceito hebraico. Na astrologia, o termo «stoicheia» era usado para indicar os «corpos celestes», que eram então considerados os «corpos» de espíritos celestiais, ou, em alguns sistemas, os lugares onde habitavam esses espíritos. Não sabemos quanto da astrologia antiga os gnósticos incorporaram no seu sistema; mas é certo que sua observância de festividades, luas novas, sábados, ciclos anuais, etc., eram mais que empréstimos do cerimonialismo judaico. Seja como for, o judaísmo helenista estava muito envolvido na astrologia, segundo nos mostra o livro de Jubileus e outros documentos do período. Visto que as «stoicheia» teriam influência sobre os homens, era natural supor que mereciam atenção e até adoração da parte dos homens. Os gnósticos, pois, veneravam esses espíritos elementares do universo (ver Col. 2:18), que eles arranjavam em muitos grupos e ordens, nos quais haveria poderes gradualmente decrescentes, segundo se distanciavam cada vez mais do Sol central, que é Deus. Nesse particular, eles tomaram por empréstimo ideias neoplatônicas, como a das emanações, através das quais esses espíritos vieram a ser reputados como «partículas» do Espírito divino; e todos eles, em seu conjunto, seriam a «plenitude» de Deus, incluindo sua natureza e seus atributos. Os termos «principados», «domínios», «poderes», etc., descrevem as ordens descendentes dos «aeons» (ver Col. 1:16). Cada um desses termos representa classes existentes entre as «stoicheia».
O erro combatido nesta epistola seria o Judaísmo?
Alguns comentadores mais antigos, não percebendo a importância do ataque gnóstico contra a igreja primitiva, e influenciados pelo ponto de vista simplista do trecho de Col. 2:11-17, têm pensado que o erro aqui combatido é o legalismo do judaísmo. Mas a epístola aos Colossenses de modo algum é apenas uma versão diferente da epístola aos Gálatas (onde é combatido o «legalismo»). Apesar de o gnosticismo incorporar certos aspectos do cerimonialismo comum ao judaísmo, era muito pior que o judaísmo normal. A moderação acerca das bebidas alcoólicas transfor­mou-se em abstinência absoluta; a vida sexual regulamentada foi transformada no celibato; a restrição de certas carnes transformou-se no vegeta­rianismo; a observância de luas novas e dias santificados, com base nos ciclos anuais, transfor­mou-se em meios de adoração das «stoicheia». Na presente epístola, não há qualquer indício de que Paulo se opunha ao simples legalismo, o que teria sido importante elemento, se o judaísmo fosse o objetivo de sua polêmica. A necessidade de salientar as ordens angelicais (ver Col. 1:16), em que se assevera que Cristo é seu criador e Senhor, exigindo ele a nossa adoração, que não pode ser conferida aos anjos (ver Col. 2:18), o fato de que há alusão aos mistérios (ver Col. 1:26 e 2:2), o ataque contra o ascetismo exagerado (ver Col. 2:20 e ss), a definição de «sabedoria» e de conhecimento (ver Col. 2:2,3), como algo pertencente originalmente a Cristo e o fato de que a «plenittude» (pleroma, no grego) é dele (ver Col. 2:8,9), a necessidade de salientar que toda a criação deverá encontrar em Cristo o Alfa e o Omega (ver Col. 1:16 e ss), a negação do deísmo (vide), em razão do fato de que Cristo é visto como a imagem (e, portanto, a manifestação) do Deus invisível (ver Col. 1:15), a ênfase sobre o seu senhorio universal (ver Col. 2:19), e a descrição da salvação para todos (ver Col. 1:20), além do valor da morte de Cristo como expiação (ver Col. 1:20 e ss), tudo aponta para o gnosticismo como a heresia aqui atacada, e não o legalismo, ou qualquer forma de essenianismo.

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