Ensinamentos e Temas das Epístolas Pastorais


Acerca desse aspecto das «epístolas pastorais»; consideremos os pontos abaixo discriminados:
1. As heresias. (Quanto a um estudo completo sobre os ensinamentos contrários às heresias, e sobre o que seriam essas heresias, ver a seção V deste artigo, parte A).
2. Funções do ministério. (Ver as exortações feitas a Timóteo, que instam com ele para que seja digno ministro de Jesus Cristo, em I Tim. 4:11; 6:2; II Tim. 1:5-7; 1:8,13 ess; 2:1,22; 3:14; 4:1 ess e Tito 2:1,15). Dotado de tal preparação, um homem será capaz de realizar seus deveres necessários. As funções específi¬cas de um ministro da Palavra são as seguintes:
a. Confirmar e conservar a ortodoxia, resistindo às heresias. Esse tema é enfatizado muito mais nas «epístolas pastorais» do que em qualquer outro livro do N.T. (Ver I Tim. 1:10 e ss; 3:15 ess; 4:11 e ss; 6:3 e ss; II Tim. 1:13 e ss; 2:23 e ss; 3:1 e ss; 4:2 e ss; Tito 1:9 e ss; 2:1 e 3:9 e ss).
b. Pregar com intensa devoção. O pregador não deve esquecer-se de cumprir adequadamente seu trabalho, como um ministro que anuncia a Palavra. Nãç pode ser meramente alguém que combate as heresias. (Ver I Tim. 4:16; II Tim. 1:13,14 e 2:15). Mas ele mesmo deve ser um exemplo que os crentes imitem. (Ver I Tim. 4:12 e Tito 2:7,8). Não deveria apreciar as controvérsias, mas antes, deveria ser alguém dedicado a seu ministério, de modo positivo (ver I Tim. 6:4; II Tim. 2:23 e Tito 3:9). Sua pregação deveria ser prática, e não especulativa (ver I Tim. 1:5,15; 4:10 e II Tim. 3:15-17). Também deve dispor-se a sofrer perseguições devido a seu ministério fiel, tornando-se um bom soldado de Jesus Cristo (ver
II Tim. 2:3; 4:5 e I Tim. 6:13, seguindo o exemplo do próprio Cristo; e ver II Tim. 2:8,9, seguindo o exemplo do próprio Paulo).
c. Ter cuidado na seleção de outros pastores, a fim de que a igreja cristã conte com seus ministros apropriados. A tradição cristã será melhor preservada se for posta sob a guarda de homens fiéis, que se submetam à autoridade do apóstolo Paulo e de seus auxiliares. (Ver I Tim. 3:1 e ss; 5:22; II Tim. 2:2 e Tito 1:6 e ss).
d. Sustentar o ministério e disciplinar o mesmo. Os ministros do evangelho não devem ser amantes do dinheiro, trabalhando por motivo do ganho (ver I Tim. 3:3 e 6:6-10); não deveriam ser anelantes pelas vantagens pessoais (ver I Tim. 3:8 e Tito 1:7). Não obstante, tem o direito de receber sustento financeiro apropriado (ver I Tim. 6:8). Alguns pastores, especialmente aqueles que dirigem bem e são bons mestres, podem receber com justiça um duplo salário, ou alguma forma especial de reconhecimento. (Ver I Tim. 5:17).
e. Os lideres cristãos têm a responsabilidade de supervisionar os cultos de adoração, quanto aos seguintes itens: — nas orações (ver I Tim. 2:1,2), na participação exclusivamente masculina na pregação e no ensino (ver I Tim. 2:8-15) e na leitura das Sagradas Escrituras (ver I Tim. 4:13; II Tim. 3:16 e 4:2).
f. Também devem proteger os que sofrem necessidades especiais, provendo o necessário para os mesmos, como as viúvas que não são sustentadas por seus parentes. (Ver I Tim. 5:5 e ss).
3. Exortações éticas em geral. (Quanto a esse tema, ver a parte C da seção V deste artigo. No tocante aos próprios ministros do evangelho, isso pode ser percebido especialmente em I Tim. 4:1-16).

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