A Ajuda da Ciência


Estudos em universidades, que procuram demonstrar o que o homem é, têm mostrado, certamente, que o complexo de energias que constituem o homem, são pelo menos três. A experiência humana, na separação de energias na morte, mostra que o homem é mais do que dualista. A volta do ser essencial depois dos primeiros passos da morte (depois da morte clínica do corpo) não é uma experiência rara. Estudos sobre este acontecimento mostram que na separação de energias, ao momento da morte, três energias são envolvidas, sendo a energia do corpo, a vitalidade, e o ser essencial, a alma (espírito). Talvez possamos usar as palavras «corpo», «mente» e «alma» para designar estas energias. Estudos sobre estas questões podem ser classificados como preliminares, mas até o ponto onde temos chegado, podemos afirmar que o homem é, pelo menos, um ser triúno.
No que concerne a propósitos práticos, pode-se dizer que o homem é uma «trindade», tal como Deus é «triúno», pois é assim que ele se manifesta presentemente. E isso não é argumento desprezível, posto que o homem foi criado segundo a imagem de Deus, parecendo que, naturalmente, sua natureza se manifesta também mediante três elementos. Porém, no que concerne à real natureza metafísica do homem, podé-se dizer apenas que nosso conhecimen­to a reapeito ainda é pequeno, pois nesse campo reina profundo mistério. O que é certo é que no homem há muito mais que o corpo e a alma, ou sega, a parte material e a parte imaterial, que é a grande tese da dicotomia. Ver o artigo sobre Imortalidade.
O Sobre-ser. Religiões orientais postulam um quarto elemento no complexo de energias que constituem o homem. O Sobre-ser é considerado o verdadeiro homem, um ser de elevada natureza e posição, semelhante ao anjo da guarda do cristianismo. Mas o Sobre-ser seria o próprio homem, ou a entidade verdadeira da pessoa, enquanto que a alma seria controlada e utilizada por ele, da mesma maneira que o corpo é utilizado pela alma. — O Sobre-ser, segundo estas religiões, é capaz de se encarnar em mais do que um corpo ao mesmo tempo, como a mão controla cinco dedos que são, ao mesmo tempo inter-relacionados e, coletivamente, associados à mão. — Segundo esta doutrina, cada pessoa terrena representa mero fragmento de seu ser verdadeiro. Atrás de cada pessoa há uma força espantosa, e esta força é a própria pessoa em outra e mais alta dimensão, como no cristianismo o “anjo da guarda” é uma “força” que ajuda a pessoa. Esta doutrina não elimina, obviamente, outros seres mais altos, como os anjos, por exemplo, mas exalta poderosamente a natureza humana, dando a ela uma explicação altamente espiritual. De modo semelhante, as Escrituras declaram que o homem é um pouco mais baixo do que os próprios anjos, Salmo 8:5.

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