Por que Deus matou todos os primogênitos do Egito, uma vez que o povo egípcio não tinha controle algum sobre as decisões do faraó quanto a deixar que israelitas abandonassem o Egito? (Êx 12.29, 30)


Não há forma de negociar com as nações senão em base coletiva. O destino de cada cidadão de qualquer país está ligado ao governo, que determina a política nacional, seja uma democracia, uma ditadura, seja uma monarquia. Um governo sábio e bem-sucedido passa seus benefícios a todos os cidadãos, como quando suas forças armadas derrotam um exército invasor nos campos de batalha.

Um governo tolo ou perverso, como o do rei Acaz nos dias do profeta Isaías, traz o desastre e a tristeza sobre os súditos, a despeito dos méritos pessoais. Foi o que aconteceu ao Egito nos dias de Moisés. As conseqüências da decisão tomada pelo faraó e sua corte responsabilizaram todo o povo egípcio. Ao longo da história, desde o momento em que os governos foram estabelecidos pela primeira vez, essa realidade tem sido demonstrada.
Assim foi que, quando o rei do Egito decidiu quebrar sua promessa solene, por meio de atos reiterados de perjúrio, e lançar um desafio ao Todo-Poderoso Senhor do Universo, nenhum outro resultado poderia ter sido esperado senão a desgraça horrenda a respeito da qual Moisés o havia admoestado. Segundo os termos do julgamento divino, todos os primogênitos masculinos de todo o Egito, fosse um ser humano, fosse um animal, perderia a vida, assim como todas as nove pragas anteriores haviam de alguma forma afetado a vida da população do vale do Nilo.
Seria concebível que um golpe de Estado pudesse derrubar o faraó do trono a tempo de desviar a catástrofe que se aproximava, mas seus súditos estavam satisfeitos em deixar a decisão final nas mãos de representante legal. A perda de uma só vida na família real — ou até mesmo nas casas dos aristocratas — dificilmente teria sido suficiente para obrigar o Egito a conceder a liberdade a toda a nação de Israel e todo o seu gado. Só uma calamidade abrangente, recaindo sobre todo o povo, serviria para induzir as egípcias a libertar o povo de Deus do cativeiro que sofria naquele país.

Nenhum comentário: