Provavelmente “Agague” não se refere a um nome pessoal. Pode ter sido um título de realeza entre os amalequitas, semelhante a “faraó” entre os egípcios e “César” no meio dos romanos. É claro que esse último título originalmente era o nome de Gaius Julius Caesar. Agague tem sido encontrado como nome (ou seria título?) em inscrições fenícias (cf. Corpus inscriptionum semiticarum i. 3196), num local e tempo demasiado distantes dos midianitas do sul, que haviam sido varridos pelo exército de Saul. Todavia, ainda que o nome o
qual aparecesse na família real dessa parte da nação midianita fosse de realeza, esse fato não seria mais notável que a ocorrência do nome Jeroboão, como sendo o do rei de Israel, que reinou de 793 a 753 a.C, em vez do que governou no país do norte em 931 a.C. Existe uma sucessão, semelhante a essa, de nomes reais na Fenícia (dois ou mais reis chamados “Hirã” ou “Airão”), na Síria (há pelo menos dois Ben-Hadades) em Gerar, na Filístia (existe pelo menos dois Abimeleques), e no Egito (onde houve três faraós chamados Senwosret e quatro Amenemhet, só na xii dinastia; na xviii dinastia, houve quatro chamados Tutmés e mais quatro chamados Amenotepe). Embora não haja registros escritos da cultura midianita, podemos com segurança afirmar que eles também seguiram o costume de usar com freqüência um determinado nome popularizado em sucessivas gerações.
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